Mulheres acometidas pelo Câncer de colo do útero podem ser mães APÓS o tratamento. Você sabe como isso é possível?
Primeiramente vamos entender o que é o câncer de colo do útero e como pode ser diagnosticado.
O câncer de colo do útero (região mais inferior do útero que se comunica com a vagina), também conhecido como câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos).
A infecção genital causada pelo vírus HPV é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares que evoluem para o câncer.
Essas alterações são descobertas com facilidade durante o exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou ou Papanicolau) e na grande maioria dos casos, são curáveis. Por isso, é extremamente importante a realização periódica do exame preventivo ou simplesmente, Papanicolau.
Além do exame, alguns sinais importantes devem ser investigados e podem ajudar no diagnóstico precoce do câncer de colo do útero. Confira a seguir, quais são eles:
- dor pélvica
- perda de peso acelerada
- sangramento e corrimento vaginal alterado sem causa aparente;
- sensação de pressão no fundo do abdômen.
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
Agora que já sabemos um pouco sobre o câncer, seus sinais e sintomas e sua forma principal de prevenção, vamos entender como ele pode estar relacionado com a fertilidade feminina.
Como o câncer de colo do útero pode afetar a capacidade de reprodução?
A fertilidade feminina pode ser comprometida, mas isso não acontece em 100% dos casos.
Alguns fatores determinantes para a fertilidade são:
> tipo de tratamento realizado: quimioterapia, radioterapia e outros procedimentos cirúrgicos podem impedir ou reduzir a capacidade reprodutiva da mulher;
> a idade: quanto mais jovem, maior a chance de preservação da fertilidade.
Mas então, como a mulher com câncer de colo do útero pode ter um filho?
Mulheres submetidas a tratamento do câncer, com uso de quimioterapia, radioterapia ou cirurgia possuem algumas alternativas para a concepção:
A Criopreservação é uma realidade e pode ser a melhor solução nesses casos.
Congelamento de óvulos ou do tecido ovariano
O congelamento dos óvulos ou tecido ovariano deve ser realizado antes da quimioterapia. Após o tratamento quimioterápico estas células têm uma grande chance de já terem sido irremediavelmente danificadas.
No caso do congelamento de óvulos, quando houver a necessidade eles podem ser descongelados e fecundados por meio de um procedimento de reprodução assistida – a FIV, e em seguida os embriões formados serão transferidos para o útero. Em mulheres que tiveram o útero removido devido ao tratamento, os embriões poderão ser transferidos para um útero de substituição, também conhecido como “barriga de aluguel”.
No congelamento do tecido ovariano, quando a mulher estiver apta e houver o desejo de ter um filho, o tecido poderá ser descongelado e os fragmentos ovarianos serão reimplantados em tecido subcutâneo. O procedimento envolve as seguintes etapas: estimulação ovariana para que ocorra o crescimento dos folículos; coleta dos óvulos que serão fecundados in vitro para formação dos embriões; transferência.
Com isso, concluímos que é possível que uma mulher com câncer de colo do útero, após o tratamento, pode sim realizar o seu sonho de ter um filho.
Vale lembrar que o sucesso dos tratamentos de preservação dependem de diversos fatores determinantes, sendo os principais: a realização de um planejamento adequado para a preservação da fertilidade e o apoio de uma equipe médica especializada.
E como o Cegonha pode ajudar na concretização do sonho da maternidade?
O Cegonha Medicina Reprodutiva é pioneiro no Brasil nas técnicas de congelamento.
As primeiras crianças concebidas após descongelamento de embriões nasceram em 1996, já tendo, portanto, mais de 20 anos de idade e desenvolvimento completamente normal.
No Cegonha já foram realizados centenas de procedimentos de criopreservação de embriões, óvulos, tecido ovariano e espermatozóides.
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