Cegonha Medicina Reprodutiva

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Inseminação artificial – como ela é feita?

O que é a Inseminação Artificial?

A  inseminação intrauterina (IIU) também conhecida como inseminação artificial é uma técnica de reprodução assistida de baixa complexidade.

Indicada para casais com infertilidade sem causa aparente (ISCA) e com até três falhas anteriores de coito programado. 

A inseminação artificial consiste na introdução de espermatozóides na cavidade uterina, bem próximo das tubas. 

Para que o procedimento ocorra é necessário um laboratório de reprodução assistida, onde o preparo seminal será realizado por um embriologista, que irá fornecer essa amostra beneficiada, contendo os melhores espermatozoides.

De forma geral a Inseminação Intrauterina é realizada em clínicas de reprodução assistida. 

A IIU pode ser homóloga, quando é feita com o sêmen do parceiro ou heteróloga, quando é usado o sêmen de um doador. Isso pode ocorrer quando os espermatozóides do parceiro não são viáveis.

Para que a inseminação artificial possa ser realizada algumas condições devem ser observadas:

  • é importante que a contagem de espermatozóides no sêmen esteja dentro dos limites normais ou apresente no máximo, alterações leves
  • a mulher precisa ter realizado histerossalpingografia, para verificar a permeabilidade das tubas uterinas. 

Existe algum risco na realização da inseminação artificial?

As complicações para esse tipo de procedimento são mínimas, porém podem ocorrer:

  • em 1% a 2% dos casos a síndrome da hiperestimulação ovariana (SHO),
  • o aumento do estradiol além do normal em virtude do desenvolvimento excessivo dos folículos, provocando inchaço e maior risco de trombose, principalmente se a fecundação ocorrer, 
  • em 16% dos casos gestações múltiplas devido aos medicamentos para a estimulação ovariana.

Como é realizada a Inseminação Intrauterina (IIU)?

O procedimento de IIU ocorre nas seguintes etapas:

1– Estimulação ovariana

A estimulação é de extrema importância para o tratamento da inseminação artificial. 

Seu objetivo é estimular com hormônios específicos (gonadotrofinas) no máximo dois folículos de melhor qualidade, para obter o tão esperado resultado positivo.

O acompanhamento desse crescimento folicular é realizado pelo médico por ultrassonografia seriada para verificar a espessura do endométrio e se necessário, poderá também solicitar exames hormonais.

Quando os folículos atingirem os tamanhos adequados, é feita a aplicação do hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG). 

O HCG é aplicado cerca de 36 a 40 horas antes da inseminação intrauterina. 

É esse homônio que promove o amadurecimento e o rompimento dos folículos para que ocorram a ovulação e a fecundação.

2- Coleta de espermatozóides

A coleta do sêmen é feita duas horas antes da ovulação, através da masturbação. 

Em seguida, a amostra é encaminhada ao laboratório em um frasco devidamente identificado, e o embriologista faz o preparo seminal. 

Esse preparo seminal é feito através de uma capacitação espermática na qual serão obtidos os melhores espermatozoides. 

Nessa técnica, utilizam-se meios de cultura ricos em nutrientes e semelhantes ao líquido presente nas tubas uterinas.

3- Inseminação intrauterina

Após o preparo seminal, o material é depositado na cavidade uterina com o auxílio de um tubo plástico específico para tal finalidade, denominado cateter. 

Ele é depositado em uma posição mais favorável no útero para facilitar a fecundação do(s) óvulo(s) nas tubas uterinas, como ocorre naturalmente.

Feito isso, a mulher pode voltar a sua rotina, evitando o excesso de esforço físico. 

Recomenda-se realizar o teste de gravidez após aproximadamente 15 dias.

4- Suporte hormonal

Após o procedimento, a mulher recebe doses diárias de progesterona, com o objetivo de preparar o endométrio para a implantação do embrião. 

As doses podem ser administradas por via oral, vaginal ou injetável. 

O suplemento hormonal é mantido até o teste de gravidez e, caso o resultado seja positivo, deverá ser mantido até a 12ª semana de gestação.

E o que fazer quando a IIU não é bem sucedida?

Após três ou quatro meses de tentativas de inseminação intrauterina sem resultados, as chances de gestações por meio dessa técnica são pequenas e recomenda-se prosseguir o tratamento com técnicas de alta complexidade, como a fertilização in vitro ou a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides).
 

Para saber mais sobre a Inseminação artificial e os métodos de fertilização e esclarecer suas dúvidas, fale com a equipe da Cegonha Medicina Reprodutiva.

Referência Bibliográfica:

ALVARENGA, Raquel de Lima Leite Soares. Jornada da Fertilidade: guia essencial para toda tentante / Coordenadora: Raquel de Lima Leite Soares Alvarenga; Prefácio de Patrícia Balbi. 1. ed. – Belo Horizonte, MG: Abrafe (Associação Brasileira de Apoio à Fertilidade); Às Editorial, 2021. Capítulo 2: Tratamentos de Baixa Complexidade, Priscila Fabiane dos Santos Beirigo Paternostro