Entenda como funcionam as regulamentações e a legislação da doação de óvulos no Brasil
Num tratamento de Reprodução Assistida a doação de óvulos é o processo no qual uma mulher fértil permite que seus óvulos sejam coletados após estimulação ovariana, e que sejam utilizados para que outra mulher, infértil, denominada receptora, possa engravidar.
A prática da doação de óvulos no mundo está diretamente ligada à cultura e regulamentação local. O Brasil não possui leis que regem a Reprodução Assistida.
A regulamentação nacional desta prática se dá pela deontologia médica desde 1992, com a primeira Resolução do CFM sobre normas éticas para utilização das técnicas de RA. Tramitam no Congresso Nacional vários projetos.
A ANVISA determina, através de resoluções, as diretivas para o funcionamento dos BCTGs e doação de gametas. Visam principalmente o controle sanitário destas doações.
A utilização de óvulos de doadoras é uma opção clinicamente viável para mulheres que não possuem óvulos adequados para a obtenção de uma gestação saudável e a termo.
As questões éticas, legais e políticas apresentadas pela doação de óvulos surgem da separação do vínculo genético e gestacional feminino e da relativa escassez e inacessibilidade aos óvulos, quando comparados aos espermatozóides.
Nenhuma destas questões torna ilegal ou moralmente inaceitável a ovodoação como uma forma de tratamento de infertilidade.
Escrito por: Raquel de Lima Leite Soares Alvarenga, Jaqueline Verceze Bortolieiro Zuculo e Fernando Marques Guimarães.
Publicado em: Percurso Acadêmico, Belo Horizonte, v. 8, n. 18, jan./jun. 2018